terça-feira, 4 de setembro de 2007

História de Lourenço Marques (O INÍCIO) Cap.VII


Capítulo VII

Estações do Caminho de Ferro de Lourenço Marques

A primeira Estação do Caminho de Ferro

O caminho de ferro de Lourenço Marques era uma esperança que os colonos afagavam de longe sem acreditarem na sua realização.Um horizonte de emancipação comercial para o transvaal.Uma tentativa desastrada, segundo a opinião dos políticos.Este caminho de ferro consistia, evidentemente, de dois troços: Um de Lourenço Marques á fronteira dos Libombos e a outra da fronteira portuguesa a Pretória.

Em 6 de novembro de 1874, o Visconde de Duprat assinou em Londres um contrato, em nome do Governo Português, com George Pigot Moodie. O governo aprovou o contrato a 18 de Novembro.

Esperava o Sr. Moodie levantar capital necessário para a empresa, não só na Inglaterra, mas ainda em outros países, inclusivamente Portugal.. Não conseguindo o seu intento, acabou por vender a concessão ao próprio Transvaal por 15.000 Libras.. E assim se fundou, com sede em pretória, THE LIMBOMBO RAILWAY COMPANY.

De regresso á África,, pois havia percorrido a Europa ( Londres, Holanda e Portugal), encarregou o Eng. Richard Thomas Hall de estudar, em Lourenço Marques, o traçado provisório. Os estudos realizaram-se, com efeito, de Agosto a Dezembro de 1876.

Após a anexação do transvaal pela Coroa Inglesa, em 1877, a questão entrou em compasso de espera. Os Ingleses não se desinteressavam dela, pois, na hipótese de ficarem de vez no Transvaal, interessar-lhes-ia escoar os seus produtos pelo porto mais vizinho,que era Lourenço Marques.

Ao retomar a sua independência em 1881, o transvaal insistiu novamente no caminho de ferro.O Governo português, por seu lado, enviou a Lourenço Marques o major de Engenharia Joaquim José Machado, a fim de estudar o traçado até aos Limbombos.

Terminados esses estudos, entra em ação o americano Edward MacMurdo a oferecer-se pra formar uma companhia, com o encargo de construir a linha em território Português. O contrato, depois de autorizado, foi assinado em Londres em 14 de Dezembro de 1883.O Transvaal, perante esta esperança, confiou a um sindicato de financeiros alemães a construção de sua linha. A notícia,cedo espalhada por toda a parte, produziu o melhor resultado,Parecia ter-se entrado pelo caminho das realizações úteis.

MacMurdo porém,logo mostrou que não era sua inteção construir caminho de ferro algum: desejava negociar a concessão, ou então, aproveitar-se do interesse que o Governo manifestava.O empreiteiro comprometeu-se a formar uma companhia Portuguesa, subordinada ás leis Portuguesas, porém deu tantas voltas que tal Companhia acabou em mãos Britânicas, sobre orientação de Londres, o que desagradou tanto aos Transvalianos ( como se chamavam na época os Sul-Africanos) que pretendiam que essa linha de Pretória a Lourenço Marques – tão vital para o seu País- ficasse fora de quaisquer influências Inglesas.Essa Companhia chamava-se DELAGOA BAY AND EAST AFRICAN RAILWAY CO.

MacMurdo comprometeu-se a enviar a Lourenço Marques, no prazo de quarenta dias da data da assinatura do contrato, um engenheiro para proceder ao exame do traçado já estudado pelo Eng.Joaquim José Machado e propor as variantes que tivesse por conveniente ou necessárias.Em Janeiro de 1884, chegou efetivamente o Eng. Alprovidge, munido das cópias do projeto que lhe haviam dado em Lisboa. Teve liberdade total para observar o que preciso fosse , mas ao final do prazo pediu um prorrogação de prazo, que lhe foi concedido. Novamente pede uma extensão de prazo ao término do primeiro e ao final deste segundo acaba por aceitar o projeto original português.

A 3 de Março de 1885, por decreto, o governo português, não só aceitou novos pedidos, não só lhe atendeu á diminuição das verbas destinadas à construção, como aumentou a verba de material circulante, como ainda lhe autorizou a adoção nas imediações de Lourenço Marques de um traçado diferente para evitar expropriações dispendiosas.

Em início de 1886, em compasso de espera ainda, quando a companhia concessionária pretendeu modificar os seus estatutos no sentido de facilitar a emissão das suas obrigações e de ampliar os poderes da sua direção em Londres, o Governo Português atendeu ainda a esta pretensão.

A 12 de Março de 1886, o governo Português, através de decreto,insistiu em que a Companhia informasse com urgência sobre a data provável em que devia realizar-se a partida para Lourenço Marques do pessoal e materiais destinados às obras de construção da linha férrea.

A 18 de Maio, quando finalmente a companhia respondeu, alegava que não tinha ela conseguido fazer a emissão de obrigações, lhe era impossível dar começo á construção da linha férrea, e “nem mesmo estava habilitada a iniciar esses trabalhos”, mas que “ se ao governo conviesse encetar as obras obras do caminho de ferro, a direção da empresa não se oporia a isso, e antes se comprometia a aceitar, pelo preço que se convencionasse, ás obras que estivessem feitas”.

Já estávamos a 17 de Março de 1887 e o caminho de ferro já devia ter sido concluído em 1886

De fato a nova companhia enviou algum material para Lourenço Marques, prometendo o envio regular de mais ainda. Assim, o governo português, com o propósito de atenuar o desânimo que já lavrava no Governo do Transvaal, com tantas protelações, resolveu iniciar por conta própria a construção da linha férrea de Lourenço Marques, sob a direção do major António José de Araújo.

Em 2 de Julho de 1887 inaugurou-se, no meio de grande entusiamo, a primeira locomotiva, a que se deu o nome de “príncipe Luís Filipe” Em Setembro, chegou a Lourenço Marques, o diretor da exploração,Philip Knee, que afixou imediatamente as tarifas, que eram tão elevadas que o transporte dum cavalo, por 80 Km, custava o terço de seu valor.

Faltavam ainda 9 Km para se atingir o termo da linha, todavia, os mais difíceis, pois deviam ser assentes sobre rochas.

de via dos primeiros dez quilômetros, que se deu início à construção da primitiva “gare”estação central do caminho de ferro de Lourenço Marques,em madeira e ferro zincado, na Av. 18 de Maio, em terreno hoje abrandido pelo muro de vedação, entre a porta 5 e a casa de Bagagens. Ao lado ficava a “Kiosk Railways”, onde se fazia horas para tomar o comboio.

As Obras prosseguem normalmente por conta do Estado, ultrapassando já o vale do Infulene, quando a 1 de Março de 1887, numa assembléia geral convocada por Mac Murdo em Londres, a companhia deu-se por habilitada em tomar conta dos trabalhos de construção do caminho de ferro a que se comprometera, talvez percebendo que os Portugueses tinham também a capacidade de executar o projeto.Satisfazendo assim os desejos da companhia, prontamente se entrou em acerto de contas e a empresa tomou a seu exclusivo cargo as responsabilidades da construção.

Continuaram a partir daí os trabalhos por conta da companhia, que contudo requereu novos adiamentos que, aliás lhe foram concedidos,e ainda se lhes permitiu que se abrissem à exploração os primeiros 80 Km da via, mas com a “ expressa declaração, feita á companhia, de que tal autorização não prejudicava, nem a obrigação da empresa de continuar a linha até á fronteira e de terminar todas as obras prescritas no contrato de 1883.

Faltavam ainda 9 Km para se atingir o termo da linha, todavia, os mais difíceis, pois deviam ser assentes sobre rochas.

Pouco depois, dava-se o conflito, pois a companhia nenhuma providência tomou para concluir a obra até á fronteira, como aquilo que estava feito se provou que estava mal feito, pois chuvas torrenciais lamberam os aterros e destruíram várias obras de arte.

Em 13 de Maio de 1888,realizou-se na Câmara Municipal da cidade uma sessão, na qual, se verberou violentamente a atuação da Companhia,expedindo-se telegramas á Sociedade de Geografia de Lisboa a pedir providências

Não podendo admitir-se portanto uma situação que já implicava os brios Nacionais, o Governo, por decreto de 25 de Junho de 1889, e satisfazendo o clamor público,rescindiu o contrato com Mac Murdo, mandando proceder imediatamente à avaliação do mencionado caminho de ferro com as obras feitas e material fornecido.

Por força do mesmo decreto o Governo delegou então ao Governador do Distrito de Lourenço Marques, comandante José de Almeida Ávila, e ao diretor de fiscalização dos caminhos de ferro, major Araújo o levarem a efeito prontamente a tomada da linha férrea e de seus pertences.

Forças Policiais Portuguesas ocupando a estação central do Caminho de Ferro de Lourenço Marques em 29 de Junho de 1889,segundo um desenho publicado no “Illustrated London News”, na época

2 comentários:

tainnobregon disse...

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